À SOMBRA PLATÔNICA DA ESPADA |
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Escrito por Administrator |
Segunda, 26 Novembro 2018 22:50 |
Do rosto infatigável dos sábados quando chega a febre do corpo que almejo quando peso aziago e inapelável deixa a veia, quando o sangue se amontoa lascivo e pulsante... e o muro de luz desaba sobre irracional escuro (que oculte treva do desejo) me refugio no êxtase.
E a sonâmbula noite absurda não me perdoa.
Todas as astúcias da insônia se locupletam de meus olhos dolosos me arrodeiam, se apossam de minhas ânsias lascivas todas as incúrias de ser.
Músicas abandonadas percorro do labirinto de sons nus vem tênue, paciente, árduo suplício do possível e longo aviário da lua que me põe de repente no regozijo sem pena.
A plena volúpia dispensa umidade e febre dispensa tugúrios velhos e féretros óbvios a decifração do eu dispensa
e expõe seu lastro o tempo laico
do jângal do uivo ao redil das horas do edifício da palavra à sua obra da margem do ser ao centro da náusea nada dura mais que a palavra.
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