(PARA ADVINHAÇÃO DO LEITOR)
Palavras não têm força de travessia
quando param no umbral polido (e pausado)
da primeira vírgula.
Elas enveredam por ermos altos.
(e em lentos cumes buscam refrigério)
se não há porquês e quandos.
Sobre ângulos reta pousa
pousa a palavra curva.
Ah, essa inespessura de viver.
Essa dormência crassa do espírito!
A refrega na terra é suprema. A noite cerrada o prêmio.
(Assim que anjo encerre o expediente
diário do sol - e Lúcifer morra).