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Dom, Nov

destaques
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Ébria espiral da concha rósea de carne e úmida beber toda

delírio tomar a boca (assalto de êxtase dos dentes)

pele da saliva morder

até mamilo do céu mugir.  (SEIOS)

 

 Ao crepúsculo do (meu) falo canto

nascente (virente) e cor de rosa concha da mulher.

                                                                                           (PELEJA IMORTAL)

 

Do tufo floresta azul e metálica dos pentelhos coisa mágica

flanqueada como um beduíno a uma mesquita de areia

encher as mãos do fino cipoal venerável grasnindo de gozo

imersa toda a boca no vasto (e salino) róseo horto

húmus lindo escorregando do rosado lábio tântrico e túmido

 

gemas doces de lágrimas melosas sugar (pranto de nero prazer)

ouro das estrelas

                             gozo puro, exato, feminil gozo ímpar

                                                                                                   (OROEROS)

 

 a mata silva e Cavalcanti mel amar com as mãos

matagais fremosos de brilhos crispados

onde matilha de luxuriantes gazelas leões devora

 

onde matilhas de afagos (úmidos) espera

a mão em concha (digital cinzenta) aberta

(falanges de fino e molhado delírio acolher).                  PÚBICOS CABELOS

 

“Fermosos outeiros” cor de lascivas rosas amantes sulcar

com graves mucosas (quase alados prismas de volúpia)

e olhos de águia incendiada de ânsia

a comer do favo (da secreta colmeia secreções regozijavam-se)

a beber do amantíssimo e úmido delírio

do mel pudendo (e impudente rio de águas sementes)

em lúbrica corredeira desatado da numinosa fenda carmim

sorver como quem moles paraísos bebesse.                           (CONA)

 

 limões hirsutos de pele sedanta finíssima, macia (do seio) coar.

 

E pelo vale ameno (e chuvoso) que pernas fende

descer a sugar, morder, imergir, desandar, fincar

como quem víscera sobrepujasse.

 

A vagar pela maciez umedecida que dedos encanta

e faz vibrar

                      (toda a falange digital oleada)

o áspero dígito dos homens (erguidos)

acostumado a pedras e touros.

 

Luminoso monte (venusiano) envolto em erótica relva atravessar

dos negros (ou roxos) lagos dessedentas

com profunda candura sede íntima saciar.

 

Nos dois eretos cumes para o culto alpino do lábio pousar.

 

Em tua diva racha (de pétalas vivas de rosas ornada)

albergue de meu gozo, abrigo

dos meus unguentos que mugem

porto de minha vândala gfarganta

repousar.

 

 

Murilo Gun

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