Vão-se as rosas dos anos
ficam os dedos noturnos
e o rastro dos desenganos
Desfolham-se as faces
o rosto não é mais máscara
que o viço relevava
É força que não guardes
frutos além da puberdade
e nunca os sentidos mascares
(Acicate o desejo, torne-o mais vivo
pula-o com a lupa da carne
faça-o iluminar o espírito)
É força que não deixes
a estrela do olhar morrer.
Nem um dia dura o esplendor!