Quem está online
Temos 17 visitantes em linhaEnquete
Siga-nos
A SOLILOQUIAR VOU |
![]() |
![]() |
![]() |
Escrito por Administrator |
(Confissões do poeta) A soliloquiar voo, pássaro sutil de canto inclinado ao levante ave de grito debruçado no lenho do poente em mim mesmo me ensimesmo. O que não sou é o que (não) sabes oprimente leitora, dona absoluta e impiedosa da palavra devoradora e proprietária do sentido. Contrito me deparo com o infinito e se já não sou o que digo o ego oxido, jugulo o logo(s), fundo delíquio me golpeia, aterra- me súbito pasmo, o sega me decepa mas resisto até o último hemistíquio até o próximo capítulo da rosa resisto ululo como as libélulas pendulam sob a vaga lua que crisântemo aclara
(minha voz eco cristalino dilacera se as pausas não demoram no enquanto moro) leio enquanto intervalo dura ou pássaro do poema ondula ou algazarra da gangorra atura alegorio uma mulher vestida de nu (a Clizia de Montale).
Enquanto silaba o vento no eucalipto cochilo (o cachecol acalenta a jugular enquanto) me ensarilho na seda do apuro na captura da manteiga me amacio na pausa do hexâmetro durmo enquanto empedernida rima eco me alcandora.
Enquanto eu soliloquio tu coloquias a hexametrar linhas me dedico como a um suplício. |