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OVÁRIO DO VERBO |
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Escrito por Administrator |
Ao relento branco da página poema ovula palavras. Do pólen da estrela vem néctar que dá luz ao olhar.
Da noite perdida dos olhos nada virá. Nem o amanhecer. Nem o apodrecer.
Todo crepúsculo é de linho furioso ou escarlate.
Todo declínio é culpado.
De inesperados fragmentos de palavras desfaço o poema e a promessa.
Inesperado deserto ocupa-me a alma. As fontes apodreceram. Arrefeceram os selos. Vestígios não duraram Se desesperaram os últimos instantes tudo foi naufrágio, a veia e o tempo devoluto desistiram.
Vazia palavra, a do poema em meu rosto estampa sua figura de trapo e palha seu silêncio exato e seco como osso ávido ou fogo votivo e da genital umidade do sal gerado o sexo do tempo. |