Quem está online
Temos 5 visitantes em linhaEnquete
Siga-nos
LIBELO AZUL |
![]() |
![]() |
![]() |
Escrito por Administrator |
Da relação direta entre a gastronomia e o movimento intestinal entre o sabor e o espasmo (a ambrosia e o tônus amébico) a poesia tem muito a revelar.
Conforme estatísticas peristálticas e usufruto lírico da palavra a poeta cabe destrinchar o bolo, a fécula, o vozerio gasoso o empalideçamento algum amarelão (e tremores verbais ou não) sobretudo... sobretudo o descarrilhamento das palavras após a descarga quando trânsito intestinal e angélico pudor ficam afáveis. Por falta de papel, stop.
A místicos cumes voo nas asas da palavra sou pairo das esferas do ser
(desordeno nome volúvel ante hordas de si)
alma pesada de dano da culpa do pecado renhida avança como aurora invencível a olho escuro “sem outra luz ou guia senão a que no coração ardia”.
Nota ao poema: cega fé guia o ser pela treva das aleias e becos do Senhor
pela via reta estreita sairás de ti (os aspeados dois versos são de São João da Cruz).
O silêncio vital do poema indizível e delével é sumo símbolo (instrumento) da comunicação pura (ou espúria tanto faz) aparente e apressadamente incomunicável a leitor corrente (“com a pressa que aniquila o verso”) paciente da impaciência de desvendar logo tudo o verso é ilimitado não é sombra ou máscara (não tem pudor ou obrigação moral) é a essência do rosto humano real. (Nunca da alma, outros 500).
Aos objetos selvagens de meus desejos (poéticos) aos pecados morais (ou não) que no Brasil não dispõem ainda de infernos
À pátina truculenta (e incredulidade reinante) à beligerante orgia do espírito (canibalesco do homem e companhia) à eterna decrepitude aos plásticos vermes e nus que nos devoram (a mim e a ti, leitor).
Só vermes são eternos perversos e suas mandíbulas morosas ardentes.
Aos furúnculos episcopais e impingens eclesiásticas capitais à sífilis dos cardeais às miraculosas escrófulas que São Luis chupava até sarjá-las todas.
Ao silêncio celeste eloquente e músicas redondas de ruidosas esferas dissonantes elipses ao som remanescente do bigbang de Deus xerife e ônfalo do Ser. |