Quem está online
Temos 8 visitantes em linhaEnquete
Siga-nos
Futuro imperfeito (ou porvir do MEDO) |
![]() |
![]() |
![]() |
Escrito por Administrator |
Evolarão sem tréguas perfumes podres pelas aléias da alma, jardins cegos. Aroma negro pelas canículas do rosto. Impregnará o meio-dia do demônio caterva de cores caninas e destras, o clamor carnívoro das narinas há de no ar reverberar. A crispação do futuro será feroz formosura se fará escória cinzas os sorrisos, os gestos dor.
(Asas estendam-se sobre troncos humanos cubram falos, usinas, viaturas, lenços, intervalos clamem aos céus de pedra, a ícaros corrompam).
Moeda retinará sobre moeda lume sobre a seiva da sombra dormirá sobre eito de escombros ecoará o homem efígie devorará efígie cara corromperá coroa César vencerá Cristo (anacrônico poema vingará das estepes e dos pastos da palavra) da bursátil engrenagem o cadáver do ágio irromperá como distúrbio ou mórbida hecatombe como punhal sobre goela de prata como fluxo sobre amplexo gema sobre crise, crase sobre hífen cântaro de hino sobre sereias brilho de ruína sobre estrelas olhar de ônix da pantera sobre selvaggia selva e vespertina, luz sobre esperança escura.
(Só a máscara revelará o rosto). |