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A POESIA OU A PALAVRA? |
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Escrito por Administrator |
Quer sejam palavras naves transportando sina ébria de poetas e leitores indevassáveis por sendas que quilha ensine por rumos que águas leguem
quer citroens de cetim conduzam carnes a magazines do gozo quer náilons do orgasmo unjam vitrines do corpo exposto a fraturas do nu a agruras do pejo quer seda lasciva ardor desperte e ocultos caminhos devasse sem dó
quer úlceras do tédio cresçam ratos proliferem do ócio como hera (câncer do muro) das mansões desertas (da alma) ou hora abandonada do ser da imóvel fuga do tempo para o nada
quer palavras aves sejam levando visão dos homens além das salas (ou becos) de bem estar da alma ou a ilhas sem penélopes de palha ou a olhos sem narcisos sonâmbulos de água inacabada ou espelho partido enfeitiçados de fluxos falsos da ilusa cútis
quer ração de utopia entupa espírito e nutra sono sem vigília quer manto de carbono ilumine escombro e para sempre se crave no rosto ártico do homem dor da liberdade na labareda do nome
poesia não abandonará a palavra mas esfiará corações afiando neurônios (na lavoura dos anos) e quânticas mecânicas alimentará com íntimos átomos da imagética projetados na página (branca) da alma.
Poesia com lírios do onírico e azul ilusório além do incolor trânsito do homem penetrará coração a dentro das coisas.
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