SOBRE UM CORAÇÃO DE AREIA |
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Terça, 27 Agosto 2013 18:46 |
Ângelo Monteiro
“Coração de Areia”, de Vital Corrêa de Araújo, em cujo título se conjugam o clássico órgão do sentimento e a idéia do barro (areia) como constituição do homem, parece um sinal de oposição à onda cientificista e tecnicista dominante, como a única esperança sobrevivente aos homens ocos de sua verdadeira substância: mais do que a racionalidade, a sua própria capacidade de resistir ao tempo e de sobrepor-se à finitude, em seu pulsar agônico para o eterno. “Desafinado coração/imperfeito veículo dos meus dias”.
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Prezado Poeta Guilherme Wanderley |
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Terça, 27 Agosto 2013 18:39 |
Rilke, dirigindo-se a um jovem poeta (ou iniciante desse ofício vital, que é a poesia: não só uma via para conhecer o mundo e a vida, pelo prisma da beleza estética, mas para reconhecer-se a você mesmo, pelo ângulo do reflexo que a palavra poética causa na alma) seriava algumas experiências prévias necessárias, embora não suficientes, cuja vivencia embasava a escrita da poesia, pelo poema. Não um receituário técnico ou formal, mas ideológico, fundado na vida prática, que não listo, por ser já um lugar comum.
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Terça, 27 Agosto 2013 18:33 |
Anagra godofreda
de venta elefantina
onde trafegam
imensos mausodores
gônadas incomensuráveis ignoradas
e gradis onde se aprisionavam mônadas
gredas intranqüilas além
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Escrito por Administrator
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Terça, 27 Agosto 2013 18:31 |
Vital Corrêa de Araújo
Os extremos se tocam, as contradições se amam, os cenários díspares se harmonizam no conjunto da tragédia clássica (e humana).
A miséria do homem, em sua mais triste expressão, se converte em grandeza face à força catárquica do teatro da antiguidade.
A plenitude da vida está no desespero, mas há sempre algo de humano que perdura, em meio às forças da desesperança, desagregadoras do espírito, e que transforma as derrotas em vitórias, a tristeza em exultação, a dor em alegria plena.
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Terça, 27 Agosto 2013 18:29 |
Vital Correa de Araújo
Aquele texto sânscrito, antiqüíssimo, cravou-se em minha curiosidade cravejada de pérolas áridas e do brilho de mistérios percorrida, e comecei a faina hermenêutica, instrumentado de bússolas e coivaras, cinzéis filológicos e buris hebraicos, e tratados de exegeses lingüísticas, além de uma ruma de dicionários, compêndios de cabalas, contos aramaicos, que me amealhavam o rosto empilhado na mesa distante.
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