VITAIS IRREFLEXÕES |
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Escrito por Administrator |
Não há oriente mais. Tudo é puído posto, definido, alienado, ótimo. A língua da poesia nova não cessa de inventar-se a si e a sua sintaxe.
A poesia é livre porque é para si mesma sua própria necessidade. (Mikel Dufrenne)
A poesia é a última expressão vital da perene necessidade existencial. A potência do verbo. A vontade da palavra.
Enquanto avança, o poeta absoluto faz as regras poéticas. (Desconforme Wittgenstein).
No ápice da liberdade sintática (ou imaginativa) está a obra de arte literária.
Na criação literária maior desaparece todo (o) constrangimento. E o sintagma se rebela contra o sistema. Vige a plena desordenação: é a palavra em liberdade de Octavio Paz e dos surrealistas. É a recusa peremptória das prescrições. A decomposição dos códigos. (Conforme O breviário da decomposição do sublime romeno Cioran).
O único modo de ser você mesmo é sendo (poeta absoluto).
Vide os tormentos deliciosos de Valéry.
A dialética da liberdade e da necessidade é exercida na poesia absoluta e apoditicamente.
Viva a sintaxe sem coações. Viva a descategorização poética.
O ato criador literário ignora o relativo negligencia o ablativo.
Toda transgressão é criadora. O que permanece apodrece.
Transgressão é liberdade liberdade é criação.
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