CINCO POEMAS EM PROSA |
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Escrito por Administrator |
Venenosos incensos esparges na pele e olhos da alma de Lídia, colhes síncopes, hematomas íntimos intentas e com mosaico de uivos constróis inteiros portos de delírio onde atracaram balsas do desespero. Teu rosto é pasto de máscaras, urdume de dores diárias derivadas da desordem do mundo e do fumo elevado das coivaras. Teu tempo cortam-no ampulhetas áridas, horas feridas e cimitarras afiadas dirigidas a infiéis gargantas. Da cova do dia grito ecoa pássaros manhãs se enforcam, afundam-se sonhos antigos e a eternidade se vai pelos ralos noturnos. Os dedos níveos da aurora rasgam o coração das coisas inocentes, o véu nupcial das nuvens a copa tutora das árvores, tudo é bálsamo inútil para os olhos, ilusão do coração.
ADENDO DESNECESSÁRIO (Se o romantismo nunca existiu por que poemas tão banais atiçando-o? |