CONTRANAVEGAÇÃO DE CABO A RABO |
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Escrito por Administrator |
Terça, 12 Fevereiro 2019 13:51 |
A burrice imaginal estanca a poesia. Sempre perto dos sentidos, longe da poesia. Não faço pose de incompreendido sou fruto da poesia absoluta graças a Deus (Deo gratia).
Respiro por aparatos verbais.
Sou verbário. Afinal.
Dúzia de canalha não me aplaca.
Rezo em basílicas de palha orações de cetim ajoelhado no jade e na seda. Assim rejo a alma.
Pênis de abelha, vagina de rosa cópula de néctar e orvalho.
Lábios de pedra, beijo oval.
Crie seus próprios arredores seja verbo e gente.
Da ruma de esquecimentos retire lembranças meio-esquecidas e rememore-se sempre.
A aragem ao tocar com mão alísia Seio nu e ereto mordeu-se.
Lírios atormentados, orquídeas deliquescendo.
Efusões tristes, ornatos de vesga prata aromas cromáticos, desejos sem dentes.
Ritmo dissoluto (VCA).
Do pescoço da navalha aos músculos da fé ou o grito embutido na garganta de Deus.
Tigres etruscos movem-se como sedas persas nas selvas sânscritas de sândalo noturno.
Lume uivo da seiva da luz de seda.
Eito de caos solto na página como matilha de cio no corpo.
Encômios nus. Ar cilíndrico. Cinzas do dia.
A mecânica celeste ulula luz.
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