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Dom, Ago

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Vital excede. Como poeta. Faz jús à multa

por excesso de bagagem metafórica

em seus voos herméticos e inconstantes.

Jorra de seu baú surrealista textos vãos.

E sublimes. Ele explora (bateia ganga pura)

jazidas maneiristas autênticas numa

arqueologia poética sem conta ou data.

Garimpa inclusive pérolas incontestáveis

da esquizofrenia barroca, rinha mental

de onde puxa imagens sem ventre e vastos galos de verbo

suas inscrições imagéticas demonstram agudeza

gritando à fecundidade maneirista barroca evoés báquicos.

Profundeza e veio surrealista arranca da garganta da hora.

Veias que Vital Corrêa de Araújo escava.

Claudio Veras (Heldelberg)

 

Ângulo oblongo é bonito.

 

Olhe do buraco da agulha a cor

do palheiro abandonado.

 

Estátua também mija

(sobre solitários cães e gatos anônimos).

 

Livro de poema é como rouxinol de luz

de asas acesas para se ler e ver

o íntimo do ninho (e fetos de verbos).

 

Termômetros também têm febre.

 

Porque adeus tá em falta e piedade também

sobre perversidade.

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Murilo Gun

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