O silêncio (se) consome
como grito ou sombra
gasta o gesto
acaba a presença
gasta a si mesmo, gesta-
se e se severo some
em sua essência sem óbice
o silêncio se consuma
como grito ancião e cego
como cão velho
no seu princípio que é essência
que o rimbaudiano eco acrescenta
ao que se ausenta.
Véus surdos de pó vivem
(d)o vozerio do que é vivo cessa.
O silêncio vige
como o pélago no profundo
o silêncio assoma
à pele da superfície (rumor da tona).
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