Com lâmpada do amor alma
largos abismos ilumina.
A Deus agrada máscaras, ídolos eretos
Com lâmpada do amor alma
largos abismos ilumina.
A Deus agrada máscaras, ídolos eretos
O declinante tempo não apressa o poema
o verso virá do espaço da página
não das ilhas ridículas dos ritmos azuis
Virgem morreu o azeite
óleos jazem
sob sete palmos de carne.
Insígne, rápido, de malícia e cálculo
bala e gato, tigre lança seu hálito
feroz destreza arma, engatilha
Do pasto celeste vivem Deus e as estrelas
e da colheita de porcelana da alma os santos
(como D. Hélder Câmara e Dom Vital,
Se ouve das oliveiras o azeite
descendo por condutos
pelo golfos e esôfagos
Vivo uma alegria viva
meu coração transborda de muros
o amor morreu mas volta a dor
Copulava com seus príncipes Penélope
interminavelmente nua e ativa
enquanto o tolo de Ulisses se demorava
perdido dos mares do mundo no périplo.
Da manhã nascente te conheci
estavas nua como o ínicio
eras minha como a alma
Do umbral da sombra tímido
luz da algema oscila
ao longo dos cubos do sangue