É usual, em poesia, utilizar símbolos com o intuito (não a intuição mas o propósito deliberado, racional) de dizer algo referindo-o indiretamente via simbologias.

Sino de repente, pêndulo nu e crédulo

a balada o revérbero

som que salta e volta da alma

A diferença do modo ocidental de vida da palavra-sempre preparada para amoedar o significado,

Ao conúbio de Adônis

touro de açafrão vieram

e éguas lusas com selas de madrepérolas

No Brasil – à exceção de alguns críticos como Bosi, Massaud Moisés, Luiz Costa Lima, Ivan Junqueira e Secchin da ABL, Sébastien Joachim e César Leal

A tanger de Paris as palavras

ao redil da página sem alma.

Poeta recupera instinto do verbo

Os buracos cavalos de Poseidon

corcéis de espumas edimiranos

das haras das nuvens disparados

Beleza é Verdade. Verdade é Beleza. Poesia é verdade. Goethe e Keats.

Brilho próspero da procela

(que arrebata o íntimo da tempestade)

zênite do sal e a nódoa da onda