Nimbos que se tornam arbustos.
Estrelas são folhas da relva do céu.
Acredito no espírito que paire
Nimbos que se tornam arbustos.
Estrelas são folhas da relva do céu.
Acredito no espírito que paire
Aos músculos amáveis dos cônsules azuis.
Ergo píncaros e alicerces para pássaros.
A vagar pelas escuras comarcas da alma
Das entranhas dos arúspices já se adivinha
clara sombra de presságios.
Do compêndio das nuvens
Do musgoso silêncio da Floresta Negra colho
ávidos instantes, réstia de sal entre
copas impiedosas da altitude das árvores
Quem esfaqueia o torso dos precipícios
rumores brancos tocaia nas narinas do cume.
Quem ante as muralhas do crepúsculo ajoelha-se
(flashes líricos)
Só o sal é imortal
(e não rima com morte ou cal)
Claridade desabitada ocupa
minha sombra que se alastra
pelos desvãos escusos da alma
A. Página do poema
campo minado de torpes metáforas.
B. A diferença faz efeito.
Levante de metal, manhã farpada
coivaras do amanhecer
aurora dentada
Eis que a palavra
à pura insânia me arrasta
abeiro cinzas da luz