Ser ou não ser bit
eis a salvação.
O transmissor ( da absoluta doença sem vacina)
é o poeta (intransigente com a palavra)
o receptor ( aparente) o leitor
e o mundo bebe da página sua verdade.
Com o leite no curral da manhã).
Quantas sílabas têm
Os suspícios das sílabas?
Náusea minha irmã(na vida e no túmulo
da verdade ida ou beleza corrupta)
esposo o enjôo
bilis convidada
o despojo a cidade
o poema a cloaca.
Apareceram a Sartre
após árdua noitada (sem Simone ou iangue)
regida por vasta vodka
e deu Fratelle Vita
no interior ávido do Tony’s drink
duas putas que se a Sartre não pariram
devoraram o francês sem chicletes.
O vômito é meu irmão, veio
de um lance de goles
(que nada abole e que trago
comigo na bolsa do colete, a bordo).
Resisti até que a cimitarra morreu
( e dentre os erros me levantei)
e pálida taça pendeu
de minha mão sem punho.
Dos bordados e almofadas da alma
restaram lascas da lâmina curva
e sigam lume maribundo
que iluminou a desgraça.
Narizes Já não resistem
a aromas cremosos
e odores de mortandade
e a cheiros podres que te rodeiam
( leitam inútil) porque têm medo
temem as narinas da lauda absoluta.
E a raiz da luz elasteceu o sol no céu
a sombra alastrou-se no lombo silêncio
imergiu no rol das fendas do sangue
o grito preso na garganta da manhã
pela fímbría da tarde escapou
em busca do clamor noturno
que jaz no silêncio de pedra do poema
que floresce sobre cinza
que fenece como pássaro de jaula.
Na lauda dos olhos luz finca-se definitiva
assola o seio da terra a pausa
lua baça jaz na calçada.
Faisca rebelde ou distraída
que escapou do regaço
de um relâmpago do acaso
(que rasgou o peito do firmamento
e adelgaçado caiu como um raio).
Ficou na página aberta
um jorro de pedra.