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Dom, Maio

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Arpa de abismos

solitários  ventos dedilham. 

A estrelas secretas do coração

que diréis?

Que escuro pulsa

do seu interior tão claro?

 

Do coração das estrelas portentosas

de brilhos caudalosos incruentos

do imo áureo das fagulhas nuas

do ígneo rosto que futuro sonega

busco teu nome, poesia.

 

Ubres da manhã se abrem

deles saem pássaros

do fardo do azul atordoados.

 

Deles brotam colibris de luz

que pólens de brilho distribuem

das flores onde pousam ais.

Murilo Gun

 
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