Arpa de abismos
solitários ventos dedilham.
A estrelas secretas do coração
que diréis?
Que escuro pulsa
do seu interior tão claro?
Do coração das estrelas portentosas
de brilhos caudalosos incruentos
do imo áureo das fagulhas nuas
do ígneo rosto que futuro sonega
busco teu nome, poesia.
Ubres da manhã se abrem
deles saem pássaros
do fardo do azul atordoados.
Deles brotam colibris de luz
que pólens de brilho distribuem
das flores onde pousam ais.