A; Página do poema
campo minado de torpes metáforas.
B.A diferença faz efeito.
C. A rixa, o desforço, a catimba
contra a mulher
reduz o espaço e a política
da massa feminina.
A misoginia venceu.
D.O cu é o último bastião.
A única fronteira vital, o períneo.
Cônico. E icônico: o púbis.
E o começo do buraco, proibido.
E.A mulher sabe muito sobre si: a outra.
F.A mulher pensa duas porções de bobagem
antes de fazer a única coisa certa.
G.A mulher pensa cosmeticamente.
H. Ela pensa isso. Não aquilo.
I.Ela sempre pensa errado
pra fazer o certo.
J.O que é mulher? Afinal.
K.São tantos romances que escrevi
que não perdi a conta.
L.É bom se sentir talvez ou quando
algumas vezes de quando como
talvez sempre... aonde?
M.Relação amorosa ou ominiosa?
Escolha!
N.Relação política ou criminosa?
O.O amor sempre engasga
antes de passar pelo coração.
P.Corrosão é causa, não efeito.
Q. Corrupção é efeito, não causa.
R.Todo encontro é de(s)marcado.
S.Viva o desencontro. Sempre
(Encontro não é humano).
T.Constrição de amor giboio.
U.Verbos instáveis, sílabas dissolvidas
metáforas engrenadas, grangrenas
sintáticas, hiatos nus ou parvos
e símiles rebelados: a poesia.
V.O corpo verbal – virtual ou não
em espasmos dissonantes
em diatribes sem dentes
em corrosão vital
em implosão gramatical
em virulência literária
em paixão.
X. Incontínuos volumes exatos.
Y.Emaranhado como mar ou muro.
Z.Cenofobita e arbítrio.