Do coração agreste das estrelas vem cor cósmica
eco cristalino da luz se esgueira
vem a sílaba da última ladainha
(uivo devoto que aviva a alma)
e as letras desertas de novembro
dos arredores da janela louco cravo brota
enquanto lua corteja surdas madrepérolas
e o êxtase das mariposas
santifica lâmpadas suicidas
do coração das estrelas brota gerânios e etéreos
grito estrangulado brota
desespero mudo se arranca do esgar do mundo
dos estábulos do céu
coração das estrelas lança
coivara ponteagudas, câmaras iluminadas
de domingos podres atropelam párocos.
{jcomments on}