Rompi, cortei mares com o tênue da mão
levantei o sol dos círios amarelos
(abri suas pálpebras ígneas, líquidas coivaras pardas
para que a manhã brotasse
de teus olhos vãos inutilmente
balbuciasse mel à tarde
de teu corpo
que o naufrágio dos desejos preservou).
Inventei para tua nudez ímpia
sedas resplandecendo
(macias mãos atentas à luz sediciosa dos mamilos)
roubadas da túnica imortal das estrelas
para o poema.
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