Só vivo quando não escrevo.
A nudez dos dedos é adorno para seios nus.
Quando mais eretos, mais suaves os seios.
Crítica surda à verdade lírica é defecável.
De tranquilas querelas
com a palavra solidão
(verbo utópico, preciso, urgente, ávido verbo)
vive a obra vitalina.
Poeta cria regras vesgas.
Na longa relva do céu estrelas
pastam luz sólida e clara solidão.
A culpa da crise é de Capitu.
A velha que insiste em não morrer
para descrédito da literatura brasileira.
08/2015