Anjos gotejando do céu
por divo zelo paridos
do negrume da gusa liquefeitos
do cimento amado forjados
incrustados entre tempo e eternidade
entre hostes armadas de silêncio fincados
caídos entre vales de soberba e vaidade
emigrados de casamatas feridas
do hieróglifo dos espaços escritos
rastejantes anjos mobiliários
anjos góticos, óticos, barrocos, ocos.