Se sou pária? Não, sou ímpar.
Ou pária ímpar.
E Pascal, que topou com o vácuo total
e sob o peso do cosmo quase ruiu
e ante o grotesco do céu infinito
apostou em Cristo.
A escolha de Pascal foi uma apostasia.
O problema não são as rígidas e pífias
convenções literárias, os códigos
métricos e tais que desprezam os fatos, o
problema maior e grave é o que está
por trás e municia o conservadorismo
estético a toda prova, as bastilhas
ilibertadas e bastiões reacionários
ditando há 130 anos as modas e
os limites da poesia.
Quanto mais, em poesia, desligarmos os sentimentos das palavras, melhor. Anote.
Não sou alcoólatra e gosto de carne vermelho. Viva ou morta. Sou vodkólatra e uiskólatra. Porém faço um astuto rodízio. Um dia bebo só vodka outro uísque. É meu combustível escriturário, ao lado da mãe solidão. Para não cometer o insaudável erro de beber todo dia, aplico o rodízio acima.
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