a Perse
Arde jasmim, foges de mim
porque uivam figueiras
urzes tornam-se cinzas surdas
gritos abaulam silêncio
círios cegos iluminam
com piras de treva féretros em bandeja
lâmpadas de açucena mirram
crescem fachos noturnos
esclarecem última noite
de um homem sobre a terra.
À luz do velório ouve-se
rumor de lágrima debatendo-se dos rostos
e olhares de indiferença ao redor
dos desponsais da dor.
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