VCA
Antes à bela era parnasiana, a temática poética era parte integrante e relevante do poema, não se submetendo poetas que se dessem respeito a desenvolver tema banal, mesquinho, não da elite dos objetos.
A têmpera fugaz do tempo se sacrificar à eternidade do objeto para abate lírico. Assim rigorosos poetas quase nada deixavam ao acaso e por consequência reduziam as possibilidades do horizonte poético. O bronze da palavra perene e o mármore das metáforas eram eleitos em detrimento do barro do verbo. Substantivos do reino e nunca adjetivos de despojos. Usinas de rumor, não, sim, sonoras melodias.
Hoje, o acaso da composição é vital. Ontem, só o cálculo (a trena), a harmonia da rima, a eleição do vaso da palavra a conter o poema.
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