Saibas, leitora ínvia, que Deus (hábil sábio) fechou o paraíso (quando desde a expulsão de Eva e Adão – seus sublevados filhos falhos, jogou as chaves fora – e deixou placa avisando o terrível fato na entrada do Purgatório (explicando ao adentrar aqui deixe do lado de fora qualquer esperança de salvação) ou edênica pretensão).
Nunca, até agora, no tempo em que escavo na branca – e infértil, página (lavoura poética safra morta de palavras) esses sulcos manuscritos, grávidos de tinta e sem alma, nunca Deus o reabriu (o paraíso).