A poesia não é letra. É espírito
letra é o poema. Carne o poeta.
De mãos perdidas
e pés amputados
as bailarinas voam.
O homem tem uma visão fragmentada da paisagem.
A natureza para ele é alienada.
O verdadeiro reino do homem é o do céu. Então, a
natureza não é nada. É ornato, trânsito
pano de fundo, cenário. Não é humana.
É algo alterado pela luz da usura.
Visão deformada. Como o poema.
Confesso a mim: sou outro.
(E quem assim sou eu? Não sei.
Ainda. Ou nunca saberei?).
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