Da amizade obscura de um saguão hino.
Jorge Luís Borges
Ladrilho do cão de cerâmica e lua óssea ecoa.
À alma sem mundo, ao mundo sem alma
ao crescimento do lixo, das fraudes
do medo, das vaidades
à depressão dos pelos púbicos
à corrupção das privadas
à decomposição dos cones
à fermentação dos ossos
à metamorfose das baratas
ao canibalismo dos padres
e ao metabolismo semiótico.
À catábase, ao dia apocalíptico
à busca dos códigos brancos do rosto
à viagem seminal, aos sons neuróticos.
A nossos prédios anoréxicos
aos negócios paradisíacos
às fórmulas paranoicas
à tecnologia maníaca
às datas pecaminosas
às vaidades dolarizadas
ao orgulho dos al-capones
à morte do arbeisto.
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