Ela via muro saqueado de musgo
respiração do bolor, vândala
tibieza das coisas totalitárias (acerando o macio)
objetos acantonados à beira da natureza morrendo
reflexo do sol filtrado por árvores alemãs
coada pela tarde declinando inclinada na relva de pedra nua
réstia efêmera do sonho solar já estiola.
A agonia das metafísicas noturnas desatada
pela fenomenologia das trevas escoando filtros de orvalho
ela via noite espúria estatelar-se
ante estábulo de prata da aurora.
Apto a alojar cavalos do sol
ajaezados de lampejos viris (mas inúteis)
brilho vândalo dos ângulos cremados
desacatava o instinto.
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