Eis que a palavra
à pura insânia me arrasta
abeiro cinzas da luz
do extinto lume comungo.
O candelabro estandarte.
Insone como deserto
assolo o sal, o sol se levanta
sobre meu olhar desolado.
Durmo sono vasto do tempo
horas pressagas sangro
avaros instantes demulo como papoulas lentas.
O sono não tem sexo, a vida não é bela
hipnótico tempo sem data ou honra
hora que nada revela
velo sem luz, convexo olho.
{jcomments on}