A corça e sua sombra
de ágata branca.
Imenso vômito
de claridade embebe
toda a cidade: amanhece.
O vinho da palavra
chama-se metáfora
sua embriaguez poesia.
Há vagas para máquinas.
Não há vagas para homens.
Ilhado de ódio, só uivos
de claridade entre as grades.
No silêncio mineral
o azul cinzelado.
Seios: rijos deuses redondos
para o culto alpino do lábio
canções de carne que mordem a boca
e encantam
a alma da mão.
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