(Primeiro dos onze capítulos)
Turbas urbanas abandono.
Em busca das agrárias nascentes
(Primeiro dos onze capítulos)
Turbas urbanas abandono.
Em busca das agrárias nascentes
A beira da loucura
é áspera, úmida, portentosa.
Toda loucura é poética.
Luzes já amorteciam dos olhos
a monte já iludia a luz
como seu troféu de sombra dura
À luz de féretros calmos apodero-me
de uivos físseis pias volúpias
feridas púrpuras, vaticanos noturnos
Poeta não é uma blasfêmia
nem um cordeiro.
Poeta é imóvel como tigre que dorme.
O poema absoluto, em termos de significado, em face dos significantes que espalha na página, oferece, aos olhos leitores e à mente de quem os percorra,
Súbito estanco esta crônica, que manuscrevo de minha escrivaninha de cedro do Mosteiro
Só a imaginação (do leitor, em ato) permite a compreensão do poema (à revelia ou às expensas do poeta). Entendimento que em nada depende de poeta.
O inteligente filósofo e crítico (que Deus o teve) Euryalo Cannabrava (com quem sonhei degustar cana maneira) é eloquente quando conceitua a poesia.
A quem pergunte meu nome diga
dele resistem algumas sílabas
silêncio o aroma.