Nada há de convencional (ou regrado, posto que poesia é transgressão de regras prosaicas limitativas da liberdade da palavra, apanágio do verso do século 21) ou domável na poesia rogeriana.
Não há pedra em Através, há rio, veia lírica que se traslada ao âmbito do mar que é morrer da melhor poesia em ato, no Brasil (mas que dá, incute, inocula vida à palavra do texto).
Rogério pactua com uma gramática transgressional que rege a poesia do futuro, em seu poema avant la letre, Através.
Irreparável revelação
respiração da palavra
barro do verbo.
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