Através do lápis (da caneta, não do teclado), o poeta fisga o inconsciente, farpeia, disseca e publica o íntimo; pesca com o anzol do verbo os elementos do texto (ou o fogoterramarear). Como um bisturi psíquico, a poesia vai e abre, bebe da bacia (equivalente a mil mares) do id, e dela traz a tona da palavra irrevelada, o texto vivo, a matriz do real úmida da origem. É através dessas sensações associadas que o poeta compõe. É lá nesse imo do id que se desdobra, que se cerra, extravaga o prélio decisivo da poesia da razão com o irracional, o embate do sentido da imaginação com o da razão. A razão é prosaica. O instinto, lírico.
PRÉLIO DO ID LÍRICO COM A RAZÃO PROSAICA
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