Opalas súbitas relampejam do jade das janelas
ou da alma escandida do limbo da náusea.
Do céu curvo brotam lentos poliedros de inveja verde.
Nardos circunvagam ventre do universo.
E jacintos bebem narcisos d’água
sob lírico eco dos luares.
Sabres negros singram dorso dos espelhos
em busca de safiras, anelos e janeiros.
Aves (e obuses) rondam felina alcatifa
sob andaime de madrugadas de injúria
à guisa do tumor dos juros e alfândegas de rimas.
Úberes reluzem nos ossos lácteos do horizonte
ébrios gritos brancos vão a cálices cítricos de úlceras.
Eneágonos gargalham à boca surda das geometrias.
O ébano da noite lateja
em cada alma cilada se prepara
enquanto prosperem ácidos da sina humana.
Ou ímpetos ulcerosos adubem o rosto
enquanto iras e tramoias alma aperfeiçoem.