02
Sáb, Ago

destaques
Typography
  • Smaller Small Medium Big Bigger
  • Default Helvetica Segoe Georgia Times

(por que quiabos
e não alfaces?)
Quanto pó no campanário 
sem sino ou osso de som


quanto resta de sombra 
no árido e mudo bronze?

E o ubre rubro da moçoila 
de que meus lábios desertaram?

E as sendas que se negaram aos pés
e caminhos que ficaram ermos 
e as rotas hoje rotas
o que fizeram de mim?

Azul hoje é o vazio
e o rumor deserto à cor aberto

o silêncio gotejante 
a pluviosidade parca 
o tumulto ínfimo 
a prodigalidade laica
e o poema arcaico.

 

Murilo Gun

Inscreva-se através do nosso serviço de assinatura de e-mail gratuito para receber notificações quando novas informações estiverem disponíveis.
Advertisement

REVISTAS E JORNAIS