(por que quiabos
e não alfaces?)
Quanto pó no campanário
sem sino ou osso de som
quanto resta de sombra
no árido e mudo bronze?
E o ubre rubro da moçoila
de que meus lábios desertaram?
E as sendas que se negaram aos pés
e caminhos que ficaram ermos
e as rotas hoje rotas
o que fizeram de mim?
Azul hoje é o vazio
e o rumor deserto à cor aberto
o silêncio gotejante
a pluviosidade parca
o tumulto ínfimo
a prodigalidade laica
e o poema arcaico.