Se o pensamento (poema) fosse uma substância consciente
mantida no interior de si mesma (imanente).
Se o sujeito (leitor) fosse uma substância estranha
como o pensamento o leria (ao leitor)?
Como conhecer algo consciente e estranho?
Como conhecer (leitor) o desconhecido (poema)?
Suprimindo o leitor ou o poema. Ou adaptando
o poema ao leitor:
Se o pensamento (o poema) é uma atividade
(não sendo coisa ou substância é ato), saber
do poema é marcar, formalizar o leitor
e torna-lo parte do pensamento (do poema).
E é essa marca no objeto que guia a leitura.
A leitura é a reprodução desse selo.
O que está marcado como poema é o que
o sujeito representa. E recupera.
O pensamento só opera no sujeito.
O poema se encontra no leitor
(antes do poeta).