02
Sáb, Ago

destaques
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O que não faz a Poesia Absoluta?

O não ser poema.

 A ela, dá-se o poder (linguístico, original, criador)

de abstrair, reduzir

uma coisa, palavra, verbo

a um traço (de si mesmos) unitário

a uma linha (não de horizonte de sentido)

a um verso (ou a um transverso)

 

(em algo atonal, sem sentido, pleno, rico, oco)

 

para libertá-los

de aparências, fantasias, máscaras

 

e assim remascará-las (superiormente)

refantasiá-las(dialeticamente)

fazê-las reaparecer novas.

 

(Assim como o capitalismo solapa(-se)

o poetismo (ou poeticismo) comercia com a alma

e edifica-se.

  

A Poesia Absoluta é totalmente antiatomística

(alquimista mística, orfeica, cabralina, inteira)

 

e dividual unitário

 

e rende o excesso, debilita-o

desprosaica, dessentimenta o mundo

(e tudo aquilo que o mundanize)

 

desavilta e supranumera o todo

e o tudo, a alma e o corpo carnal

movidos pelos reatores do desejo.

 

Murilo Gun

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