E o reitor solícito apregoou a verdade catedrática
(ou mesmo catedralística) e sofismável
dos braços amputados de sua cátedra
de silogismos falsos e repregou o império
do trono magistral (na ponta da voz e do cálamo
oficial, como víbora ou vestal) para recusar
o ordinário e o poético (que conspiram e muito
contra sua bata e honra plástica), pois ambos
o refutam e muito em sua inteireza arrogante
e autossuficiente (ou melhor, deficiente).
Então, perorou arduamente o reitor (entredentes)
alto e bom som: a verdade teórica, a professoral
doutrina (dogma de cátedra), minha
erudição bastarda, é o que predomina em
meu olhar abstrato e estufa minha
beca aristocrática (isto é pedagogia de magnata).
Nem sonhava ele de participar inteiramente
de um mundo ordinário (urbe
et orbi ao redor), além de mentirosamente
enfático.
(É esta angústia de imagem
que a poesia detrata).