Ele assistiu comovido e selvagem
à alegria dos pássaros de Paris (1988 –
Gun tinha três anos).
Ele dormiu na gare leste
para olhar a manhã parisiense
(perto do hotel Brasil)
e ver a revoada fria
o voo nevado
dos pássaros franceses
(e os amigos o apodaram de louco
afável ainda de disparatado
com sua pequena agenda
ciciando versos... até perdê-la
numa praça de Florença
ao comer atum enlatado
e entalar o livreto num banco florentino).
Com o míssil de palavra apontada
à alma da lauda
para alegria do papel
Vital começa o bombardeio
de imagens aladas e inteiras
qual pássaro verbal solto
na campina da folha
em pose de celulose trabalhada
e edificada em livro (felizmente não lançado
nem empoleirado em poeirentas prateleiras
de livrarias fora da moda).
Quando li num súbito incomum
do sublime mexicano Pellicer
“aqui não passam coisas
de maior transcendência que rosas”
(sublimidade tal só deu-ma-na Gomes Ferreira)
rasguei grave e tranquilamente
mais de 156 poemas recentíssimos
(e interessantérrimos) ontem (1988).
Pratiquei (não atro) holocausto
de folhas de eucalipto satisfeito.
Pois descobria pepitas de moderna poesia
e me livraria da ganga espúria
de Bilac e cia.
ternura
mra do edifra
em riste
derdade
gra
da brancura uatica
e renhida.
ez mais aprofunda. eçam a lider