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Dom, Jun

destaques
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Creio no papiro e no escuro (sou poeta)

fluxo de lágrima movediça do pranto

lírico (e irremediável) não aceito.

 

Poesia é cântaro de palavras embriagadas.

Confim iluminado de sombras

no túnel da página.

 

Do vivo fluxo do verbo vem o poema

a palavra enlouquecida do poeta

em pleno fluxo de inconsciência.

gritos bebem dos vasos de silêncio ébrio.

Sais se embriagam de desertas imagens.

Poético é ímpeto de que precisam

para expor palavras engendradas

das engrenagens da imagem

escribas demiurgos.

 

Buscam coivaras e dilúvios de palavras

verbos que fujam como jardins

relvas de estrelas esquecidas nos prados do céu

buscam esquecimento de flores

e todas as pétalas da vida devastada

no vaso deserto

e desvãos para onde emigraram

sombras de verbos.

 

Buscam jarros de aridez

para oferecer aos lábios da palavra.

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Murilo Gun

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