Peras do perpendicular templo Ezra contempla
sente mirra e olíbano ares de pássaros cobrindo
visão esparramando-se como uivos na planície
ou uvas em telhados de vime.
Como água de catedrais chuvosas
que descendem das bentas cornijas
e da esplanada dos florões atira-se.
Ezra viu a sombra de cruel púrpura
lumes cegos, fumos de lipídios esgueirando-se
do ombro de vitelos e graxas suínas.
Pedra úmen e messe de liames elevaram
além das cumeeiras do Hades
insolentes jades vertiam-se das comarcas d’água
além das chaminés gases se elevavam também
além do silêncio o sal saltitava
mas nunca além do Érebo voraz
(que impotentes sombras veneram).
Piras e crateras a ti destinadas
hipócrita leitora.