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Sáb, Jun

destaques
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 Poeminhos de sal vinde a minha boca morta

endossa o sorriso distante, amacia a alma dorida.

Dor das sílabas perpassa agudeza da vida

morde o sangue mandíbula do coração

os lábios rúbios, a face lívida, o dom

vermelho não habitam em ti, sucumbiram

talvez, não mais aninhas a carne

os ossos frígidos, da verdade da máscara foges

o ônix olhar, a visão súbita cúbica

o feixe de pelos do húngaro testículo

chineses anjos de fogo e nojo hão de inibir

infinitamente e dirigir a narina azulada

ao mel das rosas aladas

em empenho do jardim pleno

de lírios estrangulados

e pétalas estremecidas

ante suicídio das gardênias

nos galhos do jasmim.

 

Murilo Gun

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