Poeminhos de sal vinde a minha boca morta
endossa o sorriso distante, amacia a alma dorida.
Dor das sílabas perpassa agudeza da vida
morde o sangue mandíbula do coração
os lábios rúbios, a face lívida, o dom
vermelho não habitam em ti, sucumbiram
talvez, não mais aninhas a carne
os ossos frígidos, da verdade da máscara foges
o ônix olhar, a visão súbita cúbica
o feixe de pelos do húngaro testículo
chineses anjos de fogo e nojo hão de inibir
infinitamente e dirigir a narina azulada
ao mel das rosas aladas
em empenho do jardim pleno
de lírios estrangulados
e pétalas estremecidas
ante suicídio das gardênias
nos galhos do jasmim.