O certo é que o tempo e o homem impuseram uma forma pura (mescla lírica de estilos e cômputo de respirações) à poesia, que é o real barro da palavra.
E esse estado definido adveio do cerne e da veia de toda a impureza possível, por que passou a palavra poética, submetida a pranto, trapo, crise, emenda, máscara e rosto.
Uma das exigências maiores para a poesia alcançar o estádio da pureza, além de ter sido submersa (de torso e alma) a todo possível poço ou banho ou feito de impureza, é ter adquirido o estágio (ou estado) de autonomia (que inclui heteredoxia). Ser autônoma é chegar ao estado final da heteronomia. Não é simplesmente desprezá-la ou se deseteronomizar. Objetivo ou não objetivo, não interessa ao ser da poesia.