Virgem morreu o azeite
óleos jazem
sob sete palmos de carne.
Uivo das oliveiras
rios de oliva
que gota a gota
dente a dente desce
pelos empórios da boca (corpo)
para o consumo da alma.
Os ferros da metalúrgica aurora
as nuances do cálcio, os óxidos nascentes
rastros e rumores da manhã metálica
espelho da noite naufragada
no coito da lua e do sol
entre rosas orvalhadas
e o cio onipotente da relva.
Das praças ladrar de bronze
das esquálidas estátuas dos heróis
dos palácios onde escusos negócios
entabulam-se ao sacrifício do sal.
Mortuário aroma das ruas esmigalha
narinas e virtudes odoríferas.