Lua pálida em céu férreo boia
e bombardeia de luz flácida
chão inocente.
Chispas de silêncio eram
arremessadas como luas
no espaço dos murmúrios redondos
troços de silêncio como febres
iluminam gritos
agônicos e sinceros.
Dínamo do abismo rege
último lampejo de dor.
E fragmentos do inatingível deixa na página.
Quando flameje aborto.
Para que poetas, já não bastam
tantos poemas sem título ou data?
Se não têm valor zero, para quê
tê-los entre nós (na sala bárbara de jantar)
a nos causar incômodo (e indisgestão)?
Deletemo-lhes logo, vate retro ademais!
(Lata significação das coisas nos bastam
além de tudo que finde em cédula).
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