03
Dom, Ago

Poemas
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O nada existe

existe o nada

existe nada

nada existe.

Às angústias

(físicas e metafísicas).

 

Ao hic et nunc do ego

(sempre e nunca)

 

A um eu sob forma de outro.

 

Nada mais belo (e fiel) do que o id.

 

Qual quid? De quem?

 

Coitado do ego!

 

O tudo é náusea e tédio

o todo é dor e derrota.

Á jovem tumba do ego.

 

E o jovem tomba na bruma

(sob harpejo ácido do desejo).

 

Brinco contigo até que

gato toga rasgue

fiel à sombra da beca

sobre crápula.

 

Até o advento.

 

Até o abismo calmo

automático, largo, puro

(embora escuro).

dedico estes poemas à jusante

(e ao marinheiro Neruda)

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Murilo Gun

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