O nada existe
existe o nada
existe nada
nada existe.
Às angústias
(físicas e metafísicas).
Ao hic et nunc do ego
(sempre e nunca)
A um eu sob forma de outro.
Nada mais belo (e fiel) do que o id.
Qual quid? De quem?
Coitado do ego!
O tudo é náusea e tédio
o todo é dor e derrota.
Á jovem tumba do ego.
E o jovem tomba na bruma
(sob harpejo ácido do desejo).
Brinco contigo até que
gato toga rasgue
fiel à sombra da beca
sobre crápula.
Até o advento.
Até o abismo calmo
automático, largo, puro
(embora escuro).
dedico estes poemas à jusante
(e ao marinheiro Neruda)
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